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1. |
amigo vaivém
03:51
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Amigo vai, água vem,
Limpa tudo o que aí tens.
Água vai, mágoa vem,
Vou tentar fingir que estou bem
E a vida aqui a passar
Fecho a mão de semear
E a vida aqui a passar
Tudo vai e fica sem
A camada que nunca contém.
Queria mais e mais lhe dei
Sempre pouco ou muito, não sei.
E a vida aqui a passar
Lenta a se agigantar
E a vida aqui a passar…
Claro está que o escuro tem
Uma mágoa que nem uma mãe
É capaz de nos filtrar,
Antes só que neste lugar.
Amigo que sai e o faz tão bem
Admira-se o rigor!
Amigo que vai leva alguém…
Amigo que sai, cai também.
E a vida sempre a passar
Toca as costas sem empurrar
E a vida sempre a passar
Amigo vaivém que vás
À volta de um foguetão
Numa rota de colisão
Capaz de um dia se entender
Não irei estar a ver.
Amigo vai, amigo vem,
Fica tudo para ninguém.
Amigo está, amigo quem?
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2. |
o homem triste
05:13
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O homem triste chegou…escureceu.
Imaculado, impôs-se sem saber
O que estava a fazer?
E quem muito lambe tira sangue
Homem sabe-se deselegante
Severo foi seu Deus!
O homem triste gritou…ninguém ouviu.
Veio a odiar, todos aqueles que um dia foi amar…ou tentou.
O que estava a fazer?
Se o caminho até teve flores
Estava na casa de horrores
Que era seu coração.
Avareza para hidratar
Sente ciúme antes de deitar
Severo foi seu Deus!
Não sabe que o tempo está a acabar…homem ao mar.
O que estava a fazer?
E se a vida lhe deu tréguas
Não soube escolher suas guerras
Severo foi seu Deus!
E ninguém lhe quis dar a mão
Nem o corpo que o deixou no chão
Nada o viu cair…Severo, Severo, Severo, Severo, Severo foi seu Deus.
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3. |
sal
04:23
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Quero chegar com os pés ao chão.
Quero desviar-me da multidão que está vindo aí
Só agora é que eu percebi…
Cheguei a sentir-me imoral
A denúncia que o meu talento
É natural que a essência dependa do sal
Que em mim se foi!
Era ponte, sou pilar
Ou será que sempre fui só mais um a não desistir
Quem se foi lembrar de concluir:
Que parar era morrer,
Que parar é fraquejar,
Se a vida são lições, porque só vêm no fim?
Na cabeça o ritual, corpo nunca deixou mal
E as pernas que de tanto andar, sabem lá parar…
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4. |
bom rapaz
06:02
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Era um bom rapaz
Pinta do sul.
Veio-nos chamar
tinha a dizer: ‘Adeus! eu vou morrer’
Fica a sala a mudar de cor
Soltam-se abraços e já não há dor
‘Já passou…já passou’
Para a cidade ninguém o preparou!
'Ouve rapaz ninguém vai morrer'
Esse coração alguém terá de refazer
A moeda que foi a cravar
Sabe lá o que é ter de mudar
Querendo ou não
a paz é ilusão.
Segue aquilo que te dão
e não deixes o que és em qualquer mão.
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5. |
(interlúdio)
00:27
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6. |
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Gosto do que é velho, faz-me sentir novo.
Quem me olha do espelho são rostos lá do meu povo.
Tenho as calças rasgadas, vou seguindo em contramão.
Minhas memórias são herdadas dos nomes do…
Meu coração que cabe na palma da mão.
Coração que abro aqui neste serão, a todos que deixei na mão.
Cá atravesso séculos que me puxam pela mão.
Dizendo “devias ficar vendemos solidão”!
Mas nem todas as maravilhas que vejo e cheiro.
Aos meus eu dava Tordesilhas e o mundo inteiro…
Ai o meu coração que cabe na palma da mão.
Coração que abro aqui neste serão, a todos que deixei na mão.
Assim, vou seguindo em frente
Com o destino embriagado.
Não sei aquilo que me espera
e não estou Interessado.
Ai o meu coração que cabe na palma da mão
Coração que abro aqui neste serão, a todos que deixei na mão.
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João Granola Lisbon, Portugal
João Granola é de agora. As raízes são as de sempre.
Um cantador de estórias à procura do ponto perfeito.
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